sábado, 10 de abril de 2010

Último Natal Acordado...

Em noites de tormenta sempre pensei
Em tornar a viver como vivia antes,
Mas tudo se desmoronou na noite de Cristo-rei,
Quando encontrei o mais puro medo e seus amantes.
Eram três horas passadas do manjar.
Estava sozinho, como todas aquelas noites.
Só e triste e com imenso em que pensar,
Sem saber o que fazer, apenas espetar uma foice.
Como sempre, encontrava-me com frio.
Os meus ossos doíam-me e mantinham-me agoniado.
Sempre bastante enrolado em grosso fio
Na esperança de me sentir mais reconfortado.
Mas minhas tristezas me assombravam
Desde a morte da minha amada.
Os planetas azuis, com carinho, me vigiavam,
A sua seda a tocar na minha pele, sempre que era chamada.
Oh!, minha amada, onde estas tu agora?
Penso constantemente que te encontras comigo.
Sinto falta da luz da tua aura
E do doce dos teus lábios, qual figo.
A noite tornava-se mais arrepiada.
A minha pele assemelhava-se à do meu manjar.
Cobri-me ainda mais na roupa amaldiçoada
Que não me aquecia, apenas me fazia irritar.
Com a minha cabeça posta na almofada,
Pareceu-me sentir um toque na janela,
Como se alguém quisesse entrar a altas horas da madugada.
"Foi o vento", convenci-me, ensonado e cansado, sempre pensando nela.]
Passado algum tempo, pareceu-me,
Acordei com uma pancada,
O vidro da janela tinha estremecido e assustou-me
Como nada me o tinha feito desde os meus tempos de criançada.
Dores de cabeça horríveis me atromentavam.
Convenci-me "A bebida já estava fazer os seus efeitos!"
E vi que dois planetas me observavam
E dois panos de seda me percorreram o pescoço, acabando com meus receios...]

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