terça-feira, 20 de abril de 2010

Revelação

O crescimento de angústia invade-me o peito
Ao descobrir a derradeira verdade.
O teu esquecimento invade meu leito,
Morro de raiva ao contemplar teu rosto repleto de imunidade.

Como pude ser esquecido de tal forma?
De uma forma tão repentina e cruel?
Observo a horrenda imagem e absorvo o seu papel
De apresentar a realidade e seu dogma.

Irás finalmente sentir-te completa?
Estive ao teu completo serviço.
Mesmo assim recusaste e interrompeste a minha meta
De me apresentar teu servo, mesmo depois de ter tudo feito por isso.

Calamidade destruidora,
Maligna vida sangrenta,
Agora que me desenvolvi e mudei para te tornar leda,
Tudo na minha vida se desmorona!

Muralhas rachadas
Com água a brotar.
Não resistirei mais nenhuma vez nestas brasas,
Fingindo sorrisos e escondendo meu ar.

Irei ser completado?
Não dou hipóteses.
Sempre que um ser se aproxima e me torna em bons ares levado,
A queda é tão dolorosa, os resultados são atrozes.

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