domingo, 11 de abril de 2010

Reflecção nervosa

Esgotamento dos meus nervos,
Tudo o que me pertence treme horrivelmente.
Os olhos estão pesados e incapazes de ver-vos
Com a mesma paz que eu vos observava, antigamente.
Paranóia crónica, sempre presente.
Alguém me irá tratar mal.
Sempre com essa vergonhosa convicção na minha mente,
Impedindo-me de viver, torna a minha existência infernal.
As lágrimas correm-me pela face,
No escuro, sem que ninguém veja.
A sensação de solidão, dizem-me que é praxe,
Mas nunca termina, devido à minha enorme inveja.
Sem ninguém com quem partilhar
Torno-me num vácuo.
Negro e frio por dentro, sem ar,
Degradando-se lentamente no meu espaço.
Todos possuem alguém com quem existir
Ou assim fazem crer.
Por vezes reflecto no que será pior, antes de me ir.
Será estar só e consciente?
Ou viver em hipocrisia de leigo e inocente?

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